O casal famoso, pais de Titi, de 3 anos, resolveu encurtar o caminho adotando a menina na África, onde o processo durou apenas um ano. No caso das meninas Vanessa e Valesca, hoje com 12 e 14 anos, respectivamente, a adoção foi obtida no mesmo tempo. Mas Carlos reconhece que seu caso foi uma exceção.
— Quando nos candidatamos, não fizemos nenhuma imposição. Isso acelerou o processo — acredita o morador de Maricá.

A coordenadora das Varas de Infância, Juventude e Idoso da capital confirma a suspeita do pai adotivo. Segundo Raquel Chrispino, o que faz a fila de adoções emperrar é justamente o desencontro da expectativa da maioria dos candidatos a pais com a realidade das crianças aptas à adoção. Segundo ela, das cerca de 2 mil crianças que estão nos abrigos localizados no Estado do Rio, há pelo menos 300 com dificuldade de encontrar um lar por serem negras, terem mais de 8 anos de idade ou serem portadoras de HIV, possuir algum outro problema de saúde ou neurológico ou por pertencerem a grupos de irmãos.
— A cultura da adoção vem mudando aos poucos, com as pessoas optando cada vez mais pelo perfil concreto da criança brasileira. A adoção tardia, por exemplo, que já foi considerada a partir de 4 anos subiu para 8 e a interracial enfrenta cada vez menos barreira. E, nesse aspecto, o exemplo dado pelos famosos está ajudando a quebrar resistências — afirmou Raquel Chrispino.
Em grupos familiares, o principal desafio da Justiça é evitar a separação. Em casos como o da dupla Vanessa e Valesca, os outros três irmãos foram distribuídos por mais duas famílias, que se visitam e mantêm contato frequente.
— Eu já tinha essa vontade de adotar. E decidi. Eu tenho um irmão adotivo então fui criado com isso na cabeça. Estava no seminário, mas saí e decidi adotar o Victor mesmo solteiro. O dia que saiu a adoção foi mais feliz da minha vida. Ele tem 12 anos e tem um problema crônico renal. Tem que fazer diálise três vezes por semana. Mas, se Deus quiser, ano que vem ele ganha um rim novo e se cura — conta Bruno Dias, farmacêutico de 33 anos que adotou Bruno, de 12 anos, há um mês.
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